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(post originalmente publicado no extinto blog AleGarattoni em 2017)

Escrevi este post em agosto de 2017, em pleno #Desafio21Dias, no qual trago o hábito do exercício físico e da escrita diária – tarefa pró-propósito domando qualquer armadilha do ego! – e com isso vejo como a gente pode, sim, reconstruir rotinas, basta querer. Ainda estou longe de ser a minha musa do suco verde, que acorda meditando e passa o dia gargalhando, mas graças a muito repertório e inspirações posso dizer que certas mudanças me trouxeram mais leveza, plenitude e felicidade. E aqui compartilho quinze delas! 

DELETAR A CONTA DO WHATSAPP: a primeira foi talvez a mais radical, especialmente por eu ser uma pessoa que não gosta de falar ao telefone. Na primeira semana do desafio, apaguei só o aplicativo do celular, mas isso ainda permitia que as pessoas me visualizassem e enviassem mensagens que eu não receberia – e só a imaginação de quantas janelinhas pulariam quando eu reinstalasse me aumentou a ansiedade. Apaguei então minha conta de vez. É provável que eu volte a ter depois que terminarem minhas férias (UPDATE: depois de dois meses e meio voltei a usá-lo), mas, olha, ganhei um tempo útil muito valioso e, não, não sinto ne-nhu-ma falta desta rede. Continuo acessível para quem realmente precisa falar comigo, o que encerrei foi aquele contínuo senso de urgência do app, que já nos faz acordar com 15 pessoas na sua mesinha de cabeceira!

TIRAR COCA-COLA DA GELADEIRA DE CASA: essa mudança (mais difícil pra mim, com certeza!) tem um sentido mais amplo – o de mostrar que a gente pode e deve mexer nos hábitos diários. Eu não estou proibida de beber refrigerante, o que eu quis atingir aqui foi a mania de ter essa como a minha água!

BEBER MUITA ÁGUA: a mudança acima levou a esta, que é sempre o primeiro clichê repetido quando se pede dicas de beleza/saúde/estilo de vida. Mas, olha, nem dá para listar todos os benefícios que a gente sente na pele (até literalmente!) quando segue este hábito.

CONTAR ATÉ DEZ – OU EVITAR A REATIVIDADE: sempre, sempre vai valer a pena evitar atrito. E em 99,99% das vezes ele, o atrito, desaparece com o simples hábito de respirar antes de falar.

CEDER MAIS, EM NOME DA PAZ: é libertador perceber e entender que a gente não precisa responder tudo e todos. Não é para se ferir, apenas para eleger os (muitos) momentos em que a leveza vale muito mais do que ter razão.

ELEGER BÚSSOLAS INSPIRADORAS PARA SEGUIR: chance de procrastinação à parte, as mídias sociais são maravilhosas se a gente souber usar com (auto)responsabilidade. A quantidade de dicas que a gente pode ter sobre qualquer assunto que esteja nos interessando no momento em um passeio pelos Stories, nossa, é uma delícia. Basta editar o que anda acompanhando.

EDITAR QUE CONTEÚDO VAI CONSUMIR: me chame de alienada, mas eu não vou passar o dia recrutando a energia densa que vem com as notícias trágicas. Vida leve tem a ver com um pouco de ignorância – no sentido de ignorar o que não (te) acrescenta.

COMER COMIDA DE VERDADE: já contei lá no instagram que minha mudança de hábitos tem mais a ver com acrescentar o que é bom do que com proibir o menos saudável. Assim, minha meta é cada vez mais incluir bons alimentos na rotina. 

BUSCAR QUALIDADE NAS “GULOSEIMAS”: até acredito que dá pra ser feliz só a base de grãos saudáveis e suco verde, mas eu não pretendo chegar a este nível! No entanto, estou reeducando meu paladar – se é pra ter prazer de comer um off-comida que seja com o que vale, como por exemplo um BOM chocolate e não um desses de padaria que é mais açúcar colorido do que qualquer outra coisa! E paladar/organismo mudam rápido. Me surpreendi quando nesta época comi um pacote de jujubas (meu ponto fraco) e passei super mal.

DIETA PLANT-BASED À NOITE: não sei se um dia cortarei proteína animal, definitivamente não cheguei nesse estágio evolutivo (ainda não)! Mas já percebi que seguir a alimentação à base de plantas na parte da noite me faz acordar com muito mais energia no dia seguinte.

SE APROXIMAR DE QUEM TE ENSINA: na mesma linha das escolhas alimentares, este tópico tem mais a ver com acrescentar do que cortar. Várias pessoas do meu convívio mais próximo não têm nenhum interesse em muitos destes temas que hoje fazem meu coração bater – autoconhecimento, evolução plena, meditação, modelo mental de crescimento… Mas na paralela tenho me aproximado de várias que estão em sintonia com esse meu momento.

LER MUITOS LIVROS: a leitura tem, pra mim, até um certo poder curativo. E é nela que busco apoio para cada nova fase e para cada mergulho rumo ao autoconhecimento.

BUSCAR FONTES DE AUTOCONHECIMENTO: acredito de verdade que se conhecer é o único caminho para uma vida leve. Cada um, cada um, e nunca uma mesma fórmula vai atender a todo mundo – você só saberá a que funciona pra você se… se conhecer! Aqui, vale desde uma palestra TED na internet até um workshop com pessoas que te inspiram (e, na minha opinião, neste quesito, o presencial tem peso dois no efeito).

CUIDAR DOS CINCO SENTIDOS: numa dessas sincronicidades energéticas, dias depois de fazer um post sobre dicas para alegrar os sentidos, li uma crônica da Marcia de Luca (amo!) na revista Claudia de julho/17 falando da importância de pensar nos cheiros, sons e imagens dos quais nos cercamos. Um homespray, fotos de pessoas que você ama, músicas que te deixam feliz, cerque-se disso na sua rotina!

MEDITAR: ainda sou nível pré-principiante (UPDATE: três anos depois de escrever este post, posso dizer que me considero nível intermediário), mais esforçada do que bem-sucedida na ação, mas sei que já já isso será mais natural pra mim. Eu amo que a orelha do livro 10% Mais Feliz diz que a meditação tem um problema de marketing, pois os principais representantes falam como se estivessem sempre acompanhados por uma flauta – imagem que acabava afastando uma maioria que não se identificava com o estereótipo em questão. Sinto que isso já começa a mudar e torço para que em breve as crianças aprendam a esvaziar a cabeça já na idade pré-escolar.

Novos hábitos, basta dar o primeiro passo. Porque antes de cuidar do corpo, da pele e dos cabelos, a gente precisa monitorar a própria energia, a própria essência.